segunda-feira, 29 de novembro de 2010
I am the escaped one
I am the escaped one,
After I was born
They locked me up inside me
But I left.
My soul seeks me,
Through hills and valley,
I hope my soul
Never finds me.
Fernando Pessoa
Fred aqui fica o que prometi!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
resultados das fichas de avaliação de Português....
Aqui ficam as notas das fichas de avaliação de Português!
(dividi a nota em 2 partes - teste e reconto...estas são só as notas dos testes)
Não satisfaz- 3 (sendo que dois estão nos 49% e o outro é de 45%)
Satisfaz- 5
Satisfaz bem- 15
Excelente- 5
See you! ;)
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
...
Que estúpido se não sabe que a infelicidade dos outros é dele
e não se cura de fora.
Porque sofrer não é ter falta de tinta
ou o caixote não ter aros de ferro!
....
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
....
Põe a tua mão
Sobre o meu cabelo...
Tudo é ilusão.
Sonhar é sabê-lo.
...
Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
...
...
Sou um guardador de rebanhos
Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar numa flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei da verdade e sou feliz.
Alberto Caeiro
É talvez o último dia da minha vida.
É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.
Alberto Caeiro
Isto
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
Poema
Poema Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas. (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas). Álvaro de Campos
Mar Português
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa, in Mensagem
O que há em mim é sobretudo cansaço
O que há em mim é sobretudo cansaço
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos
Liberdade
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
Autopsicografia
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração.
Fernando Pessoa
Quando estou só reconheço
Quando estou só reconheço
Quando estou só reconheço
Se por momentos me esqueço
Que existo entre outros que são
Como eu sós, salvo que estão
Alheados desde o começo.
E se sinto quanto estou
Verdadeiramente só,
Sinto-me livre mas triste.
Vou livre para onde vou,
Mas onde vou nada existe.
Creio contudo que a vida
Devidamente entendida
É toda assim, toda assim.
Por isso passo por mim
Como por cousa esquecida.
Fernando Pessoa
Para ser grande, sê inteiro
Para ser grande, sê inteiro
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis
segue o teu destino... Ricardo Reis
Segue o teu destino Segue o teu destino, Rega as tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é a sombra De árvores alheias. A realidade Sempre é mais ou menos Do que nós queremos. Só nós somos sempre Iguais a nós-próprios. Suave é viver só. Grande e nobre é sempre Viver simplesmente. Deixa a dor nas aras Como ex-voto aos deuses. Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode Dizer-te. A resposta Está além dos deuses. Mas serenamente Imita o Olimpo No teu coração. Os deuses são deuses Porque não se pensam. Ricardo Reis
Fernando Pessoa...
Grande poeta Português...
Maior embaixador de Portugal...
Escreveu uma vasta e variada obra, através de múltiplas identidades, a que chamamos de heterónimos. As suas obras reflectem os diferentes momentos da sua vida, bem como a sua forma de pensar e a sua existência. É conhecido internacionalmente, devido à elevada qualidade da sua obra poética e à diferente maneira de encarar e criticar a vida!
Um Português de se lhe tirar o chapéu...
Todas as homenagens feitas a este grande HOMEM...são mais do que merecidas!
Fernando Pessoa...Biografia
Vamos celebrar ....75 anos da morte de um grande PORTUGUÊS
Lisboa 1888 - 1935 Portugal | 13 de junho de 1888 - Nasce em Lisboa, às 3 horas da tarde, Fernando Antônio Nogueira Pessoa. 1896 - Parte para Durban, na África do Sul. 1905 - Regressa a Lisboa 1906 - Matricula-se no Curso Superior de Letras, em Lisboa 1907 - Abandona o curso. 1914 - Surge o mestre Alberto Caeiro. Fernando Pessoa passa a escrever poemas dos três heterônimos. 1915 - Primeiro número da Revista "Orfeu". Pessoa "mata" Alberto Caeiro. 1924 - Surge a Revista "Atena", dirigida por Fernando Pessoa e Ruy Vaz. 1926 - Fernando Pessoa requere patente de invenção de um Anuário Indicador Sintético, por Nomes e Outras Classificações, Consultável em Qualquer Língua. Dirige, com seu cunhado, a Revista de Comércio e Contabilidade. 1927 - Passa a colaborar com a Revista "Presença". 1934 - Aparece "Mensagem", seu único livro publicado. 30 de novembro de 1935 - Morre em Lisboa, aos 47 anos. |
Análise sintáctica e morfológica - online
domingo, 21 de novembro de 2010
resultados das fichas de avaliação de Inglês....Novembro - 6ºC
Amigos cá ficam os resultados das vossas fichas de avaliação também!
Não Satisfaz - 10
destes 5 estão quase, quase, quase, quase... no Satisfaz)
Satisfaz - 7
Satisfaz Bem - 2
Nota: Estão em falta os resultados das fichas de avaliação do António e do João Pinto.
See you tomorrow! :|
resultados das fichas de avaliação de Inglês....Novembro - 6ºB
Não Satisfaz - 11
Satisfaz - 8
Satisfaz Bem - 7
Amanhã vamos conversar e ver o que falhou... See you ... ;(
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Complementos Circunstanciais (tempo, modo, lugar) - exercícios online
Complementos Circunstanciais - tempo, modo e lugar - exercícios online
Complementos Circunstanciais (tempo, modo, lugar)
Present Continuous
http://www.box.net/shared/a6e8faz5qf
aqui ficam mais alguns exercícios!
terça-feira, 16 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Hoje é dia de São Martinho!
Duas versões da Lenda de São Martinho!