Era uma vez uma escola muito especial
Havia uma escola muito especial, num mundo mágico, cujo diretor era um feiticeiro
muito conhecido e temido. Esta escola, que ficava protegida por uma barreira mágica
invisível, tinha como missão ensinar jovens de diferentes espécies magias e a controlar
os seus poderes. Os alunos não eram apenas feiticeiros; havia também elfos, fadas,
dragões e até sereias. Cada um possuía um poder único, mas todos precisavam de ajuda
para aprender a controlá-los.
A barreira mágica impedia que o exterior fosse atingido por qualquer poder
descontrolado. Apenas alunos feiticeiros e os seus professores podiam entrar, e quem
tentasse fazê-lo sem permissão corria o risco de ser transformado em objetos ou
animais, desaparecer para sempre ou ser condenado a uma eternidade de invisibilidade.
À noite, a escola tornava-se ainda mais misteriosa. Criaturas estranhas como
lobisomens, zombies, fantasmas e bruxas passeavam pelos arredores. Não era um lugar
comum, e todos os que ali estavam sabiam que a magia podia ser tanto algo bom,
quanto uma maldição.
Arthur, um menino pacato e solitário, tinha terminado o 4º ano e precisava de mudar de
escola. Era filho da cozinheira da escola mágica e sempre tivera uma curiosidade
imensa sobre o que acontecia dentro daquelas paredes misteriosas. Após muito insistir,
pediu à sua mãe para o inscrever na escola.
A sua primeira visita aconteceu numa noite de lua cheia. Ao entrar na sala de aula, foi
surpreendido por uma bruxa que, ao vê-lo, ficou espantada. Nunca imaginara que um
humano se atrevesse a entrar naquele lugar. Sem pensar, lançou-lhe um feitiço. Arthur
sentiu-se imediatamente estranho. Os seus olhos começaram a emitir raios laser, e as
suas mãos, geladas como o inverno, soltavam pequenas rajadas de gelo. Sentiu-se
assaltado pelo medo e começou a chorar, mas, ao olhar ao redor, percebeu algo ainda
mais assustador: a bruxa parecia não vê-lo. Era como se ele tivesse desaparecido!
No entanto, Arthur não desistiu. Durante os dias seguintes, conviveu com os outros
alunos mágicos e tentou, aos poucos, controlar os seus poderes recém-descobertos.
Percebeu que, embora fosse humano, poderia aprender a controlar a magia com a ajuda
dos seus novos amigos. Através da convivência e da troca de experiências, Arthur
mostrou a todos que uma escola, onde humanos e seres mágicos pudessem viver juntos,
era possível. Todos aprenderam a respeitar as diferenças e a viver em harmonia,
partilhando conhecimentos e ajudando-se mutuamente.
O diretor da escola, que assistia a tudo em silêncio, sorriu satisfeito. Ele sabia que a
verdadeira magia não estava apenas nos feitiços, mas na capacidade de todos
conviverem e colaborarem em prol do bem comum.
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