Sejam todos muito bem-vindos! Depois de um ano de sucesso é chegada a hora de "mimar" o nosso blogue alterando-lhe o visual... ;) Alteram-se umas coisas, mas continua-se a apostar no mais importante: Partilha, Estudo e Brincadeira... para que possamos aprender sempre um pouco mais! Portanto mãos à obra, pois "Saber é Poder"!!! ;) Hugs and Kisses
RSS

Páginas

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Livros recomendados para leitura em sala de aula - 5ºano


Livros recomendados para leitura orientada em sala de aula 5º ano from tessvalente



Queridos convidados leitores,
podem clicar no link para saberem que livros poderão ler/ apresentar aos alunos:

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/escolas/uploads/livros/14_quinto_ano_leitura_orientada.pdf

Semana da leitura - os nossos convidados leitores



Queridos pais, avós, tios, primos, irmãos...
a nossa professora de Português gostava de ter 3 convidados para lerem um livro (ou parte dele) na nossa turma, na semana de 17 a 21 de março...
Se tiverem disponibilidade e se quiserem participar neste encontro com a leitura informem a professora através de nós (alunos), para que ela se possa organizar!!! 
Obrigada...


concurso: ler é uma festa!!!


LER É UMA FESTA!

Iniciativa do Plano Nacional de Leitura, em parceria com o Banco Popular, o concurso enquadra-se na 8ª Edição da Semana da Leitura cujo tema é a Língua Portuguesa
O Concurso Ler é uma Festa! convida crianças e jovens a retratarem, a explicarem, a traduzirem e/ou a recontarem  a festa da leitura das suas escolas, mostrando o envolvimento e o contributo de diversas disciplinas e projetos na celebração coletiva da Leitura.
Cada agrupamento/ escola pode concorrer com um trabalho por nível / ciclo de educação e de ensino.
Inscrição no SIPNL (até março de 2014)  |  Envio dos trabalhos -pnlconcursos@gmail.com;

Conheça o Regulamento.

Para saberes mais sobre este concurso visita a página: http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/Concursos/index.php?s=concursos&tipo=1

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

correção da ficha de avaliação - fevereiro 2014

Correção da ficha de avaliação – (fevereiro 2014)
---------------------Texto narrativo-----------------
Ex.1
1.1         – O autor é António Mota.
1.2         – A obra é “O grilo Verde”.
1.3         – O espaço da narrativa é na horta do tio Manuel Liró.
1.4         – O tempo da ação é: “Numa tarde de domingo” e “certo dia”.
1.5         – AS personagens do texto são: o grilo verde e os grilos pretos.
1.6         – O narrador deste texto é não-participante (ausente).
1.6.1– “Resolveram fazer-lhe uma visita.”

2.1 – c)
2.2 – d)
2.3 – a)
3. AS diferenças existentes entre o “grilo espantoso” e os outros grilos são: ser verde e assobiar modinhas.
4. Um adjetivo que traduz o estado de espírito é: indignados, preocupados, espantados, revoltados…
4.1 – “E por tua causa todos os grilos do mundo ficam desacreditados.”
5- Os grilos resolveram fazer-lhe uma visita para falar com ele.
6- “ E vós – perguntou – por que não sois verdes e não sabeis cricrilar…”
“Não vejo mal nisso…”
7- SE os Homens o vissem iam dizer aos seus amigos e todos os grilos iam ficar desacreditados.
8- Os grilos decidiram que  o grilo verde deveria mudar de cor e cricrilar.
10-
a)   Falso
b)  Verdadeiro
c)    Falso
d)  Verdadeiro
e)   Falso
f)     Verdadeiro
g)   Falso
11 – d/ e/b /a /f/ c             

-------------------Texto B – texto poético-------------
12- A ação localiza-se numa floresta.
13.1 – Quem pronunciou estas palavras foi o leão.
14.1 – O leão estava cansado porque tinha caminhado muito.
14.2 - Naquele momento o leão era comparado a um caracol .
14.3 – Quando se deitou ele pensou num lençol.
15 – Os versos significam que o sol despareceu e que começou a chover.
16.1 – A palavra foi escrita desta forma para mostrar que a língua era muito comprida.
17. A conclusão a que chegou no final foi que preferia continuar a dormir no chão e ser leão.
18
a)”encolheu-se como um caracol”
b) “ As nuvens choraram”
c) “Rhããoo!!”
19- O poema é constituído por 13 estrofes
20- A primeira estrofe é um terceto e a terceira estrofe é uma décima.
21- “Tanto andou”
------------------------------2º Parte----------------------
22- a) nome= canteiro; pronome= nossa; adjetivo= pretos; verbo= crescer; determinante= X
23.1
Sujeito: o leão;
Predicado: encontrou um camaleão;
Complemento Direto: um camaleão.
24.
a) linguareiro – palavra derivada por sufixação;
b) esvoaçar – palavra derivada por prefixação e sufixação;
c) infeliz – palavra derivada por prefixação.
25.
a)Então o leãozinho pensara numa cama.
b) Então o leãozinho pensava numa cama.
c) Então o leãozinho pensará numa cama.
d) Então o leãozinho tinha pensado numa cama.
26. Eles fizeram-lhe uma visita.
27.
a) Estava
b) viu
c) gritaram
d) exclamou

                                       

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

o rapaz de bronze

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

trabalhos rapaz de bronze


ficha de leitura - rapaz de bronze


São valentim


lenda de São Valentim

História de São Valentim
 
  • Diz-se que o imperador Cláudio pretendia reunir um grande exército para expandir o império romano.
  • Para isso, queria que os homens se alistassem como voluntários, mas a verdade é que eles estavam fartos de guerras e tinham de pensar nas famílias que deixavam para trás...
  • Se eles morressem em combate, quem é que as sustentaria?
  • Cláudio ficou furioso e considerou isto uma traição. Então teve uma ideia: se os homens não fossem casados, nada os impediria de ir para a guerra. Assim, decidiu que não seriam consentidos mais casamentos.
  • Os jovens acharam que essa era uma lei injusta e cruel. Por seu turno, o sacerdote Valentim, que discordava completamente da lei de Cláudio, decidiu realizar casamentos às escondidas.
  • A cerimónia era um acto perigoso, pois enquanto os noivos se casavam numa sala mal iluminada, tinham que ficar à escuta para tentar perceber se haveria soldados por perto.
  • Uma noite, durante um desses casamentos secretos, ouviram-se passos. O par que no momento estava a casar conseguiu escapar, mas o sacerdote Valentim foi capturado. Foi para a prisão à espera que chegasse o dia da sua execução.
  • Durante o seu cativeiro, jovens passavam pelas janelas da sua prisão e atiravam flores e mensagens onde diziam acreditar também no poder do amor.
  • Entre os jovens que o admiravam, encontrava-se a filha do seu carcereiro. O pai dela consentiu que ela o visitasse na sua cela e aí ficavam horas e horas a conversar.
  • No dia da sua execução, Valentim deixou uma mensagem à sua amiga (por quem dizem que se apaixonou), agradecendo a sua amizade e lealdade.
  • Ao que parece, essa mensagem foi o início do costume de trocar mensagens de amor no dia de S. Valentim, celebrado no dia da sua morte, a 14 de Fevereiro do ano de 269.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Lenços dos Namorados

Lenços dos namorados

"E tan certo eu amarte
Como o lenço branco ser
Só deixarei de te amar
Cuando o lenço a cor perder"
Os Lenços de Amor ou de Namorados têm como origem os lenços senhoris dos séculos XVII e XVIII e foram posteriormente adaptados pelas mulheres do povo. Numa primeira fase, começaram a ser usados como adereço do traje feminino passando mais tarde a peça integrante do enxoval que a moça começava a preparar na infância. “Entre lençóis e atoalhados era comum bordar-se um lenço subordinado ao tema do amor “depois de concluído era usado pela autora na bainha da saia ou no bolso do avental e mais tarde seria oferecido ao rapaz por ela escolhido.
Desde sempre, os portugueses partiram: ou para ganhar o sustento noutro lugar, ou para a guerra, ou para embarcarem em navios na aventura da Expansão
Na hora da despedida, em certas regiões do norte de Portugal, era “obrigatório” a rapariga apaixonada oferecer um lenço ao namorado. Lenço bordado por ela, com uma quadra da sua autoria. Se bordava com erros ortográficos, isso era pormenor insignificante, o que contava - e conta - são os sentimentos.
“Os lenços eram uma espécie de anéis de noivado, na medida em que o seu uso por parte do homem significava aceitar o compromisso com a moça que o bordou. Eram uma declaração de amor que as “moças em idade casadoira” ofereciam como uma prenda entre namorados. Este, por sua vez, para assumir publicamente o compromisso, usava-o por cima do casaco domingueiro, no bolso, ou ao pescoço”.

Os símbolos mais comuns que encontramos nos Lenços estão directa ou indirectamente ligados ao seu tema chave: o amor. Corações, motivos florais, chaves, pássaros e ramos. “Encontramos também silvas que são adornos bordados em forma de cercadura que imitam motivos florais e são também utilizadas para as orlas dos lenços”.
Quando uma jovem era nomeada mordoma, o namorado mandava fazer um lenço com lindos bordados, incluindo juras de amor e de fidelidade, para lhe oferecer no dia da festa. A mordoma usava essa delicada prenda para segurar a vela enfeitada com que desfilava na procissão. O mesmo lenço viria a ser usado no dia do casamento para segurar o ramo de noiva, e mais tarde para cobrir o rosto apôs sua morte


in http://aprendemos-mikasmi.blogspot.com/2009/01/lenos-dos-namorados.html


Para mais informação Consulta o site: http://lencosdenamorados.no.sapo.pt/

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

apresentação dos trabalhos: boas leituras!



As fichas  de leitura devem ser apresentadas nas duas aulas anteriores à interrupção do carnaval!!!!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Boas leituras :)





Caros alunos,

tal como já adverti, este período, ides ter que fazer uma leitura de um livro, à vossa escolha, de um dos seguintes autores - António Mota, António Torrado, Sophia de Mello B. Andresen, Alice Vieira, Luisa Ducla Soares, ... -  para apresentar em sala de aula.

É melhor começar a pensar nisso... e para vos abrir o "apatite literário" cá fica uma sugestão:

O Grilo Verde – de António Mota


O GRILO VERDE

Certo dia, apareceu na horta do Tio Manuel Liró um grilo espantoso. Era verde, tão verde como as alfaces repolhudas que cresciam num pequeno canteiro ao cimo da horta. E em dias de sol e noites estreladas, punha-se a assobiar modinhas.
Os grilos que viviam por perto, como não eram verdes nem sabiam assobiar, acharam aquele vizinho esquisito, muito invulgar. Foram contar aos colegas que moravam por aquelas redondezas.
— VERDE?!
— E ASSOBIA?!… PODE LÁ SER!
A notícia espalhou-se, andou de toca em toca, voou de lura em lura. Todos os grilos ficaram a saber das afrontas do parceiro que morava na horta do Tio Manuel Liró. Sim, afrontas! Ser-se verde e assobiador não eram coisas de grilo que se fizessem… Resolveram fazer-lhe uma visita para o convencer a mudar de farda e de música.
Numa tarde de domingo deixaram as luras que tinham nos quintais, campos, bouças e matas. Entraram na horta do Tio Manuel Liró e perguntaram ao companheiro:
— Porque não tens uma cor igual à nossa? Porque não cricrilas?
Então o Grilo Verde respondeu-lhes:
— Se nasci verde, não posso ser preto. E se assobio é porque não sei fazer outra coisa. E vós — perguntou — porque não sois verdes e não sabeis assobiar como eu?
— Porque sempre fomos pretos e só sabemos cricrilar.
— Então — concluiu o Grilo Verde — estamos empatados: se eu sou verde — vós sois pretos; se assobio — vós cricrilais. Para quê tanta preocupação?
— Alto lá! — reagiram os grilos pretos — Esqueces-te que és o primeiro colega a fazer tamanhos disparates!
— E não será disparate ter cor preta e cricrilar?
— Não venhas com bazófia. Por acaso já pensaste na confusão que vais criar?
— Confusão!? — espantou-se o Grilo Verde — Eu?!…
— Já pensaste que, se por acaso os homens te vêem, vão logo dizer aos seus amigos que há grilos que não são pretos e grilos que assobiam. Já pensaste nisso? E por tua causa todos os grilos do Mundo ficam desacreditados!
— Não vejo mal nisso… Mas dizei-me — pediu o Grilo Verde — o que devo fazer?
— Deves mudar de cor e nunca mais, mas nunca, nunca mais assobiar, entendido?
O Grilo Verde ficou calado, pensativo.
— Ides desculpar — disse ele — mas não posso fazer o que me pedis.
— Pensa bem…
— Já pensei o que devia pensar, e volto a dizer que estais a pedir coisas impossíveis, coisas malucas. Cada um é como é…
— Então — decidiram os grilos pretos — somos obrigados a agir imediatamente para remediar o equívoco: vamos prender-te.
— Prender-me?
— Sim, caro colega. Serás metido na lura mais funda que conseguirmos fazer. Ninguém mais verá esse ridículo verde da tua pele, ninguém mais escutará essas estúpidas modinhas que assobias… Descansa, fome não passarás, haverá sempre à tua disposição alface e senradela com fartura.
O Grilo Verde olhou à sua volta e ficou desesperado: eram tantos os grilos pretos a rodeá-lo… como poderia escapar?
— Não vos passou pela cabeça — disse o Grilo Verde — que ides fazer uma coisa estúpida, praticar uma grande injustiça? Que mal vos fiz? Governo a minha vida como qualquer grilo e dou umas assobiadelas. Onde está o mal, dizei-me?!
— Ó coleguinha! Estás a esquecer um assunto demasiado importante para todos nós: A NOSSA REPUTAÇÃO!
— RE-PU-TA-ÇÃO? O que é isso?!… — admirou-se o Grilo Verde.
— É o nome, a fama, a tradição, a reputação! Os grilos sempre foram pretos e nunca deixaram de cricrilar!
— E o nome, a fama, a tradição e a reputação dos grilos também diz que se deve prender os que não são pretos nem sabem cricrilar? — perguntou o Grilo Verde.
— Não venhas com conversa fiada, nem tentes baralhar-nos as ideias. Prepara-te para partires connosco.
Os grilos pretos começaram a fazer um cerco cada vez mais apertado ao colega vestido de verde — e este, quando se viu muito entrasgado, desatou aos saltos, tentando fugir.
— Agarra que é verde! Apanha o assobiador! Cri-cri-cri-cri — E os grilos pretos saltavam, pulavam, caíam. O Grilo Verde, esse fugia para um lado, fintava um colega, saía para o lado contrário, dava um salto e fintava outro.
— Ai a minha vida! Ai que lá vou para a toca funda — mas o Grilo Verde fugia sempre, sempre — cada vez mais aflito, mais cercado, mais cansado…
E se o Tio Manuel Liró não entrasse na horta a tempo de escorraçar os grilos pretos, certamente o Grilo Verde seria apanhado pelos colegas e de seguida metido numa lura funda.
Eu conto como tudo se passou.
Nas tardes de sol, o Tio Manuel Liró costumava ir sentar-se sob a sombra de uma oliveira ramalhuda que havia ao fundo da horta, para ler o jornal, e por fim dormir uma pacífica soneca! Ora, nessa tarde de domingo, o Tio Manuel Liró entrou na horta e, como de costume, foi sentar-se à sombra da oliveira, ignorando que havia visitantes por perto. Abriu o jornal, leu as palavras de letras gordas com muita atenção. Depois virou a página e começou a ler as letras mais pequenas. Mas essas letras, como eram pequenas, gostavam de brincar: punham-se a dar saltinhos de um lado para o outro, pulavam para cima e para baixo, faziam danças de roda… E os olhos do Tio Manuel, que já estavam um pouco cansados, não acharam piada nenhuma àquelas letras brincalhonas — fecharam-se. O sono, que rondava por perto, aproveitou a ocasião e, rápido, enfiou-se no corpo do Tio Manuel Liró.
Mas foi por pouco tempo. Era grande, muito grande a barulheira que os grilos faziam. E o sono, que detesta barulho, fugiu em grande velocidade.
O Tio Manuel Liró acordou estremunhado.
— Raio de grilos! Que barulho, santo Deus!… Calai-vos, desafinados duma cana!
Todavia, os grilos continuavam a fazer grande algazarra, indiferentes à zanga do dono da horta.
— Calai-vos! — gritou o Tio Manuel Liró. E a barulheira continuava…
— Ai sim! Então esperai pelas alfaces… esperai.
Zangado, estremunhado, o Tio Manuel Liró levantou-se, atirou o jornal ao chão e, correndo, atravessou a horta.
Voltou daí a momentos com uma grande enxada nas mãos. Sem fazer barulho começou a percorrer a horta, talho por talho, tentando localizar os importunadores barulhentos.
E tanto andou, tanto rebuscou, que conseguiu descobrir o paradeiro deles. Mas, ó grande azar, ó pouca sorte! Onde é que os grilos haviam de estar metidos? — No meio do feijoal, no talho dos seus viçosos feijoeiros…
«E agora, Manuel? — pôs-se o velho Manuel Liró a pensar.
— Desfaço ou não desfaço? Se desfaço o feijoal e espanto os grilos para longe daqui, passo a dormir descansado. Mas, se não desfaço os feijoeiros e não espanto os grilos, jamais dormirei uma soneca em paz. E agora, o que faço?».
O Tio Manuel pensou, matutou, ponderou e finalmente decidiu:
— Guerra aos grilos! Nem mais um cri-cri na minha horta! Quero dormir descansado. Fora! Fora daqui, seus casacas! — E, pegando na enxada, pôs-se o Tio Manuel a cavar o talho, a arrancar os feijoeiros, a cortar as vagens, a desfazer os feijões…
Os grilos pretos mal viram aquele pedaço de ferro afiado a arrasar tudo, tiveram medo, esqueceram-se de dar caça ao colega verde e tentaram escapar-se, fugindo ligeirinhos, mais lestos que saltaricos.
E o Grilo Verde? Esse, empoleirou-se numa couve, e dando um suspiro de alívio, escondeu-se entre as suas folhas verdes, tenras e largas, deixando-se estar quieto, caladinho.
E o Tio Manuel Liró continuou a cavar o talho, mexendo-o de ponta a ponta. Grilos não viu. E voltou a cavar, cada vez mais furioso. Cavou, cavou, estrangalhou, revirou a terra e voltou a revirar… Mas como podiam aparecer grilos se já tinham dado à pata?!
Transpirado, corado, aborrecido, enervado, fatigado, o Tio Manuel Liró pensou: «Foram-se os grilos e foi-se o feijoal».
Exausto, voltou para a sombra da oliveira. Pegou no jornal, leu novamente as palavras de letras gordas, virou a folha, suspirou três vezes, esqueceu o incidente, fechou os olhos e adormeceu.
E foi então que se deu um caso extraordinário, só estando lá para ver e pasmar:
Enquanto o Tio Manuel dormia a sua soneca, cresceram umas grandes asas cor de fogo no corpo do Grilo Verde. E este, saindo da couve onde estava empoleirado, começou a voar à roda da horta, por cima dos talhos. Depois subiu e foi poisar no ramo mais alto da oliveira, enquanto assobiava uma bela e estranha melodia.
O Tio Manuel acordou de mansinho ao som da música.
«Mas que belíssima melodia! Onde está o seu executante?», pôs-se o dono da horta a pensar, enquanto olhava para todos os lados, atento, admirado.
A música vinha de cima, dos ramos da oliveira, mas não se via nada!
— Quem assobia tão bem que faça o favor de descer e de se mostrar para que eu o felicite — pediu o Tio Manuel Liró.
Então o Grilo Verde desceu da oliveira, voando com as suas asas cor de fogo, e mostrou-se ao dono da horta.
— Que bicho tão estranho tu és! Pareces uma borboleta, mas assobias maravilhosamente… Também és parecido com um grilo… mas és verde! És tão estranho!… Espera aí! — E o Tio Manuel pensou apanhar o Grilo Verde e levá-lo consigo para mostrar aos amigos. Mas, quando estendeu os braços e abriu as mãos para o apanhar, o Grilo Verde escapou-se e de imediato começou a subir no céu azul.
Foi subindo, subindo e assobiando aquela bela e estranha melodia, até que, e para espanto do Tio Manuel Liró, o Grilo Verde desapareceu entre um castelo de nuvens, voando, voando com as suas asas cor de fogo.
Adaptação
António Mota
O grilo verde
Porto, Ambar, 1999




Se tiverem algum problema...aqui fica o link com o texto:
http://contadoresdestorias.wordpress.com/2009/02/02/o-grilo-verde-ant-mota/